Colossais colunas se erguem por grande parte do galpão com graúdos pacotes posicionados em seus vãos. Luzes brilham no teto, dando vida a tudo abaixo dele. Um ar gelado corre por sobre a pele daqueles que caminham por ali. Um homem de rosa corre a passos curtos, seu protuberante abdômen chacoalha, com inúmeras lâminas de barbear, bananas e um engradado de cerveja, fez parte do cenário por um breve momento.
Alguém sentou-se em um banco e ficou a observar. A vida segue sempre constante, compondo o grande todo. Uma senhora com sua neta desrespeita funcionários, a criança vê quieta, um dia poderá ser a menina quem ocupará aquele lugar.
As figuras se dissolvem, reaparecem, são substituídas, se trocam, ficam do avesso na continuidade constante do dia. Só mais um dia após o outro, e a beleza de cada um está na observação deles