
Um romance publicado pela primeira vez em 1864, escrito por José Martiniano de Alencar. O Doutor Augusto Amaral cuidou de Emília Duarte quando a moça caiu de cama, aos 14 anos, contou com a descrição de uma criança desengonçada, de grandes vestimentas, demonstrou leve potencial para um dia ser agradável aos olhos. O doutor completou os estudos, logo em sequencia tratou da menina como se sua própria vida dependesse disso. O único empecilho, foi a própria Emília, que por ter sido criada com extremo rigor, não consentiu em ser examinada pelo homem, negou até estar na presença do mesmo.
Amaral insistiu na paciente, conseguiu tratar a menina, e logo viajou para a Europa. Três anos depois , e estava de volta. Ao visitar a casa dos Duarte, se deparou com uma moça de beleza extraordinária, logo identificada como a mesma Emília de aparência esguia e sinuosa que salvou.
A transformação o encantou. Procurou estar na presença da quase mulher sempre que possível, em bailes, saraus. Em contrapartida, a Srta. Duarte o repeliu sempre, com dedicada grosseria e escárnio, com um sentimento odioso sem fundamento aparente, e ainda assim, o Dr. Amaral continuou a nutrir sentimentos.

Mila se mostrou uma mulher forte que soube se impor, dominando sua casa e a grande maioria a sua volta, para ter qualquer coisa que desejar. Lentamente, manipulou o coração de Augusto, rapidamente tomando-o por completo, construiu uma relação não saudável em que ambos se magoavam com frequência.
O romance possui altos e baixos, muitas vezes as atitudes dos personagens fazem o leitor questionar o cenário e atitudes descritas, o fim se desenrola com uma das personagens completamente desmontada e submissa, tornando aquelas cenas finais surpreendentes, ou melhor, impensáveis.