
Há pouco mais de um ano e meio, minha irmã descobriu que um parente estava com uma cadela prenha, por acaso era da raça do Husky Siberiano, nada suspeito. Logo a mocinha entrou em contato com a tia, a dona do animal, na tentativa de ganhar um dos filhotes.
Utilizando de uma dose de paciência e muita persistência, um desses filhotes veio parar nas mãos da minha família. De primeiro momento houve resistência da parte de todos, menos da minha irmã, lógico.
A experiencia de abrigar um animal preparado para suportar temperaturas abaixo de zero é algo novo para aqueles que vivem em países tropicais. Por se tratar de um ser com muitos pelos, alguns comportamentos são de se estranhar, mas não de surpreender.

Hábitos que pude observar (nesse cachorro, em especial)
O ato de colocar as patas frontais dentro dos potes de água foi recorrente nos primeiros meses, junto com o derramar do líquido para logo rolar por cima. Outro costume facilmente observável, foi o procurar e deitar em regiões frias, como debaixo da pia da cozinha, das camas ou regiões frias da casa.
A questão do habito foi importante, minha mãe não suportava a ideia de um cachorro, menos ainda peludo e grande. No entanto, é agora a maior fã do bichinho. Sempre procura a melhor alimentação e conforto para a Cristtal, como foi nomeada cachorrinha.

Energia
Durante os primeiros meses a força e animação eram mais atenuados do que atualmente, isso geral alguns resultados. Na foto foi o primeiro sofá rasgado, a partir desse, outras vezes foram registradas, mas os prejuízos aumentaram.
As características da Cristtal se mantêm nas raízes da espécie. A aptidão para a caça se tornou evidente após completar os 3 primeiros meses, em que iniciou uma caçada incessante de galinhas e pintinhos, parando apenas ao ser levada de volta a cidade.
Outra característica que deve ser ressaltada é o instinto natural de se camuflar para realizar a caçada, que consiste em rolar em carniça, perdendo o cheiro original, para se misturar a paisagem.

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É importante ressaltar que ela foi doada e o comércio de animais, ao meu ponto de vista pessoal, é antiético para com os seres irracionais, pequenas vidas não podem ter seus valores estipulados por raça. Adoção sempre é a melhor opção para tirar um animal indefeso das ruas, ajudar algum amigo e vencer a situação de risco.